Instituição de Hospital Universitário em Três Lagoas
Código da proposta: UFMS Participativa-2024-11-84
O curso de medicina da UFMS-CPTL foi aprovado em 2014, condicionado à oferta de campos práticos adequados. Para a demanda, foi prometido um Hospital Universitário, o que não se tornou realidade.
O curso de Medicina da UFMS no campus de Três Lagoas foi autorizado em 2014 pelo Ministério da Educação sob a condição de que fossem garantidos campos de prática suficientes para os alunos, exigência complicada devido ao número limitado de leitos hospitalares na cidade. Com apenas o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora disponível, havia uma lacuna estrutural, pois, em um curso de Medicina, o contato com pacientes e a vivência hospitalar são cruciais para o aprendizado e para a compreensão do processo saúde-doença. Ao contrário das escolas médicas tradicionais, o curso de Medicina em Três Lagoas não surgiu a partir de um hospital consolidado, mas sim com a intenção de que uma estrutura hospitalar adequada fosse desenvolvida posteriormente para atender às necessidades acadêmicas e de saúde pública.
Em 2013, o Conselho Federal de Medicina e o Ministério da Educação definiram normas que estabeleciam a quantidade de leitos, equipes de atenção básica e a infraestrutura hospitalar necessária para cursos de Medicina no Brasil. Em Três Lagoas, o número de vagas para o curso de Medicina foi considerado inadequado para o número de leitos disponíveis, trazendo à tona a necessidade de reduzir vagas ou aumentar a infraestrutura hospitalar. A administração pública optou por expandir a estrutura, uma decisão que não apenas atenderia o curso de Medicina, mas também aumentaria a oferta de serviços de saúde na cidade, potencialmente fixando mais médicos na região.
Com a promessa de criação do Hospital Universitário, a cidade atraiu médicos e professores especializados, muitos dos quais se mudaram para Três Lagoas com a intenção de atuar como docentes e realizar atividades de alta complexidade. No entanto, a não concretização do hospital resultou na perda de diversos desses profissionais, que se desligaram da universidade ou deixaram a cidade. A administração do hospital foi transferida para o governo estadual, pois a UFMS se recusou a assumi-la, apontando a tendência de repassar a gestão de hospitais universitários para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Contudo, a EBSERH declarou não ter interesse na gestão do hospital naquele momento, levando o governo estadual a optar pela administração por meio de uma Organização Social de Saúde (OSS), sendo o Instituto Acqua o vencedor da licitação para a gestão.
Sob a gestão do Instituto Acqua, o hospital demonstrou abertura para receber alunos, convocando alguns docentes para compor o corpo clínico e destacando a importância da presença de alunos acompanhados por seus professores. No entanto, parte das instalações do hospital que deveriam ser utilizadas para fins educacionais, como auditórios e salas de discussão, estão inutilizáveis devido à falta de mobiliário, o que limita o uso das instalações pelos alunos. Isso levanta questionamentos sobre o uso do espaço destinado aos alunos da UFMS, uma vez que instituições privadas também passaram a ocupar as instalações.
Alguns docentes solicitaram exoneração da universidade, mas continuam atuando no hospital, agora recusando-se a receber alunos, o que contraria o propósito original da construção e o Acordo de Estágio firmado com a universidade. A situação destaca a frustração com a promessa não cumprida do Hospital Universitário, prejudicando tanto os alunos da UFMS quanto a população local, que se beneficiaria com um hospital universitário comprometido com a formação de profissionais qualificados e a oferta de serviços de saúde. Assim, há uma expectativa de que as autoridades políticas e a UFMS cumpram suas promessas e atendam às demandas dos estudantes.
Os estudantes de Medicina do campus de Três Lagoas só querem o que foi prometido!!!
O curso de Sistemas de Informação também se solidariza com essa urgente e necessária demanda que beneficiará toda a população treslagoense, incluindo a própria comunidade acadêmica!
Isso também corrobora com a emancipação da Universidade, que não pode e não cabe mais "debaixo da asa" de Campo Grande.
Como cidadã, acredito que a inserção dos universitários no Hospital Regional só trará benefícios. Além disso, teremos profissionais formados e atuantes em nossa terra, e não só uma cidade que forma e abandona.
Eles estão lutando pelo que foi prometido.
O Hospital Regional de Três Lagoas deve ser administrado pela UFMS
Hospital é uma necessidade. A constituição federal nos garante isso em seu artigo 5